Máquinas Autônomas no Campo: O Futuro da Colheita Já Está Aqui

A inovação tecnológica não para de transformar o agronegócio brasileiro, e um dos destaques recentes são as máquinas agrícolas autônomas. Tratores, colheitadeiras e pulverizadores que operam sem a necessidade de um operador físico a bordo já estão em testes e uso comercial em propriedades do interior paulista.

A empresa AgriTech Solutions, sediada em Ribeirão Preto, lançou recentemente um sistema de trator autônomo que utiliza GPS de alta precisão, sensores e inteligência artificial para executar plantio e colheita com extrema eficiência.

“Além de reduzir custos com mão de obra, as máquinas autônomas operam 24 horas por dia, sem pausas, aumentando a produtividade e reduzindo perdas”, explica o engenheiro de produção Leonardo Souza.

Produtores que testaram a tecnologia destacam a redução do impacto humano na operação e o aumento da segurança no campo. O sistema permite também o monitoramento remoto via smartphone, integrando-se com plataformas digitais de gestão agrícola.

Com investimentos crescentes no setor, estima-se que em dez anos, mais da metade das máquinas agrícolas no Brasil possam ser autônomas, acelerando a modernização do campo.

Jovens Inovadores do AgroJovens Inovadores do Agro: A Nova Geração que Revoluciona o CampoJovens Inovadores do Agro

Aos 24 anos, o jovem engenheiro agrônomo Henrique Matos desenvolveu um aplicativo que utiliza inteligência artificial para prever doenças em lavouras de soja. A ideia surgiu durante a faculdade, quando observou o prejuízo causado por pragas e fungos em propriedades familiares da região.
Hoje, o app já é usado por mais de 200 produtores no Centro-Oeste. “A IA analisa fotos das folhas e detecta sinais invisíveis a olho nu. Assim, o agricultor age antes do prejuízo acontecer”, conta Henrique.
Além disso, jovens como ele estão se destacando nas redes sociais. Um exemplo é Rafael Almeida, de 21 anos, pecuarista que conquistou milhões de seguidores no TikTok mostrando o dia a dia da lida no pasto. Com linguagem leve e informativa, ele atrai a atenção de uma nova geração para o agro.

“Mostrar a realidade do campo ajuda a valorizar o produtor e educar quem vive nas cidades”, afirma Rafael.

Outro exemplo vem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde alunos criaram uma fazenda-modelo com hortas orgânicas automatizadas. A produção abastece o restaurante universitário e serve de vitrine para práticas agroecológicas.

Pesquisadores Criam Plástico de Coco que Prolonga a Vida do Morango e Combate o Desperdício

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) desenvolveu um bioplástico sustentável feito de coco verde, capaz de prolongar a vida útil de frutas sensíveis como morango, uva e figo.

A embalagem, além de biodegradável, tem propriedades antimicrobianas naturais que ajudam a conservar as frutas frescas por mais tempo, sem o uso de produtos químicos.

“Usamos resíduos do coco que seriam descartados, transformando lixo em inovação”, explica a pesquisadora Vanessa Vilarinho, líder do projeto.

Testes realizados em cooperativas mostraram que o uso do novo bioplástico reduziu perdas pós-colheita em até 30%, além de facilitar o transporte e venda em mercados distantes.

A inovação já despertou interesse de cooperativas de frutas no Espírito Santo e na Bahia, e poderá chegar ao mercado ainda este ano.

Conectividade no Campo Avança e Prepara o Agro para a Era 6.0

Um novo capítulo está sendo escrito no agronegócio brasileiro: a chegada definitiva da conectividade digital ao campo. Com apenas 23,8% das áreas agrícolas com acesso à internet, o país ainda enfrenta desafios. Mas soluções começam a se multiplicar.

Durante o GazzSummit Agro 6.0, evento que reuniu gigantes do setor em Curitiba, empresas como Syngenta, Basf, CNH Industrial e startups do agritech apresentaram soluções que vão desde sensores de pragas que funcionam com inteligência artificial até drones autônomos com monitoramento por satélite.

“Hoje, conectividade é insumo básico, tanto quanto água e fertilizante. Sem ela, não existe agro competitivo”, declarou André Leal, engenheiro da CNH.

Governos estaduais, como o do Paraná, estão ampliando investimentos em torres 4G rurais e projetos de 5G via parcerias com cooperativas e fundos públicos. Em regiões do oeste paranaense, produtores de leite já utilizam coleiras inteligentes para monitorar saúde, produtividade e alimentação de vacas em tempo real.

Além do aumento de produtividade, a digitalização ajuda na redução de custos, rastreabilidade e sustentabilidade, tornando o Brasil ainda mais competitivo nos mercados internacionais.

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