No município de Nova Canaã do Norte (MT), a família Wolf tem revolucionado a produção agropecuária ao adotar o sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta). Com ele, é possível criar gado, plantar soja, milho e arroz, além de reflorestar áreas com eucalipto.
Os resultados são surpreendentes: aumento da produtividade, recuperação do solo, renda extra com madeira e até a captação de carbono, que compensa as emissões da pecuária. O modelo é tão eficaz que será destaque brasileiro na COP30, em Belém (PA).
“Produzimos mais, poluímos menos e ainda geramos renda com sustentabilidade”, diz Neri Wolf.
O resultado prático é impressionante. Em média, são criadas até 12 cabeças de gado por hectare, enquanto a média do Estado é inferior a uma por hectare. As árvores ajudam a recompor o solo e a capturar carbono da atmosfera, neutralizando as emissões do rebanho.
O modelo da família Wolf será um dos casos brasileiros apresentados na COP30, a conferência da ONU sobre o clima que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025. Técnicos da Embrapa confirmaram que a fazenda é um exemplo real de carne com carbono negativo — uma promessa realista e necessária para um agro mais sustentável.